Evento no teatro da PUC reuniu juristas e economistas como Pérsio Arida, José Gregori, Henrique Meirelles e Joaquim Barbosa, entre outras personalidades em apoio à Lula e Haddad

Lideranças e intelectuais de diferentes correntes políticas reforçaram apoio à eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das eleições deste ano e destacaram ser esse o único caminho para o futuro do Brasil como país democrático e plural



Em ato pela democracia que lotou o Teatro Tuca e as imediações da PUC em São Paulo, o economista Pérsio Arida, um dos criadores do Plano Real, que presidiu o BNDES e o Banco Central, respectivamente, nos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, disse que a economia no governo Jair Bolsonaro teve gestão péssima, mas o que está em jogo na eleição é, muito mais que economia, o futuro do Brasil.

"O Brasil que queremos é um Brasil plural, civilizado, um Brasil do debate, da conversa, onde quem pensa diferente da gente é tratado com respeito e não como inimigo a ser aniquilado. O Brasil sem ódio, o Brasil que vai construir o seu futuro junto, é esse Brasil que está em risco. Então, hoje nós só temos uma coisa a fazer: votar 13, eleger Lula, eleger Haddad e estabelecer no Brasil uma ampla frente contra o obscurantismo e o retrocesso civilizatório que Bolsonaro está levando o país".

Também ex-presidente do BC, Henrique Meirelles disse que Lula, melhor presidente da história do país, fará ainda mais num novo mandato, para um Brasil com otimismo, força, dinamismo e capacidade de trabalhar.

"O povo brasileiro é um povo criativo, é um povo trabalhador, agora é um povo que precisa de emprego, que precisa de renda, é um povo que precisa de alimentação. No governo do Lula, o Brasil criou 11 milhões de empregos, 40 milhões de brasileiros saíram da linha da miséria absoluta e foram para classe média. Isto é a verdadeira responsabilidade", afirmou.

Segundo ele, algumas pessoas pensam que Lula quer um cheque em branco, mas quem o quer, na verdade é Bolsonaro, que não agiu com responsabilidade fiscal, "levou a inflação à lua" fez os juros subirem e ainda criou um contingente de milhões de empegados.

"Isso aí é querer um cheque em branco para querer voltar. O Lula, não, o cheque dele está assinado, ele já trabalhou, já realizou, já criou emprego, já gerou renda, e agora é só uma questão de chegarmos no domingo com força, com energia, todos aqui e ganhar essa eleição histórica no Brasil."



Aos 92 anos, o jurista José Gregori, um dos mais renomados do país, também foi ao encontro deixar mensagem de apoio e carinho a Lula, citando Dom Paulo. "A ordem de despejo já foi dada (em referência a Bolsonaro), mas tem que ser homologada pelas leis que nós fizemos, pelos botões que nós colocamos lá. Então, nós temos que afirmar o que Dom Paulo disse: segunda-feira, dia 1, vai ser outro dia", disse.

Por vídeo, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa lembrou que, em 2018, já havia alertado que Bolsonaro era uma péssima escolha. "Bolsonaro não é um homem sério. Não serve para governar um país como o nosso. Não está à altura. Não tem dignidade para ocupar um cargo dessa relevância. Nas grandes democracias, Bolsonaro é visto como um ser humano abjeto, desprezível, uma pessoa a ser evitada. Esse isolamento internacional é muito ruim para o nosso país. Nós perdemos muitas oportunidades com isso. É preciso votar já.


Fotos: Ricardo Stuckert

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